Não resisto a transcrever esta história ilustrativa do papel e estatuto dos professores noutros tempos:
"António de Oliveira Reis era professor primário oficial em Avintes, onde morava no lugar de Cabanões, na segunda metade do século XIX. Era severo na sua actividade docente. O filho de dum cerâmico local que trabalhava na Fábrica do Senhor d'Além, em Gaia, foi castigado pelo mestre e o pai quis homenagear o professor, oferecendo-lhe uma peça singular, embora sem marca. Na frente do cangirão, está o nome do professor, ladeado pelas coroas de Portugal e do Brasil. Na tampa a que só faltam dois suportes do quadro negro, encontram-se o menino choroso, o quadro negro, o compasso, o esquadro, a secretária, o tinteiro, o ponteiro, a palmatória, o livro e a pena de escrita."
LEÃO, Manuel - A Cerâmica em Vila Nova de Gaia. Fundação Manuel Leão, Vila Nova de Gaia, 1999. Vol. II, pag. 286
1 comentário:
Delicioso. E material suficiente para uma análise sociológica sobre a história da educação.
bjs
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