sexta-feira, 2 de maio de 2008

Mediocre ou mediana. Mediocre ou mediana. É o que me ocorre de tempos a tempos que sou. Nenhum fracasso em nada, nenhum sucesso em nada. Nunca pus os ovos todos no mesmo cesto, fartei-me foi de espalhar ovos por aí. Essa é a consequência de não se ser persistente em nada. Uma fraca fotógrafa, uma fraca escritista, uma fraca jardineira, uma fraca hortelã, uma fraca arqueóloga, uma fraca amiga, uma fraca mulher. Mas porque havia de ser melhor?

9 comentários:

J. disse...

tê tê, que humores trouxe este Maio?que ror de injustiças afirmas mulher, que ultrajes são estes aos que te cobiçam os talentos, aos que já saborearam os frutos da horta, aos que, ora bolas, aos amigos e/ou admirador@s!
Mas um blogue também serve para isto. (para o esboefeteio)

um abraço

Major Tom disse...

também num intendo, melher. então e que faço a esta minha inveja pelo teu olhar deslumbrado pelo mundo não contemplado pelos focos da glória descartável? que faço a esta admiração pelo teu desconcerto constante com as injustiças e a pequenez do ser humano? onde meto a poesia dos sonhos que relembras de manhã com os olhos estremunhados?

Edu França disse...

Minha linda só aos vinte mesmo pra dizer pra sempre. Eu escrevi sobre um mediano, teve algum peso? Vc chegou a ler? Na verdade temos pontos luminosos, nesse universo não há heróis. risos

disse...

Obrigada. É tudo verdade, só me esqueci de acrescentar, uma mediana ou mediocre dirigente associativa. É a consequência de andar sempre a escavar buracos novos.
Mas também sabem bem os mimos...

Sim Eduardo, estive a ver o teu blog. Li vários textos e gosto das histórias que escreves, do outro lado do atlântico mas tão perto de tudo... Mas não interpretei esse texto que li - e com o qual me identifiquei porque agora já não digo "para sempre" ou "nunca" - como a história de um mediano.

Beijos.

Venus as a boy disse...

Quase todos passamos por estes estados de alma. Quase todos somos demasiado exigentes connosco mesmos e gostariamos de ser mais do que aquilo que somos. Não és excepção. Eu cá desconfio muito das pessoas que se acham perfeitas.
Apenas posso dizer-te que me sinto uma pessoa com sorte pelo facto das nossas vidas se terem cruzado.
Ah, e lembra-te do que alguém te disse há muitos anos atrás numa sapataria ;)

Anónimo disse...

Olá linda!, quanto tempo sem te ler!. Espero que chegues cedo para me assegurar de que te relajas,descansas e te distrais, teu corpo e tu recuperais a sintonia e vos reconciliais..., almenos uns dias desligarás bem: não pensar em horários mais que para sair, não pensar em fazer comidas ou ir trabalhar, só estar e conhecer... um abraço e um beijo.

Anónimo disse...

Mor, só os parvos é que gostam de si próprios (e geralmente são os únicos); de ti, pelo contrário, toda a gente gosta (e com razão).
E não há mal nenhum em ensaiar mil coisas. Para que havias de te especializar numa só? Especialização quase sempre significa empobrecimento mental e nõa falta por aí gente muito boa na sua especialidade e que não passa de um (com licença) monte de merda. Como tu bem sabes, aliás. Generosidade, curiosidade e sentido de justiça é o que é preciso. E tu disso tens às toneladas. A única coisa que podemos lamentar é que quando tu nasceste não tenham nascido logo quinze aviões cheios do mesmo artigo. Beijinhos.
JMS

Anónimo disse...

Tás é a precisar de férias e festinhas, amiga. E de uns safanões bem dados nessa tristura.
Abraço estreitadinho!

disse...

Ai meu Deus tantos mimos! Vou chamar-me para sempre mediocre só para receber assim festinhas.
Mas hoje acho que afinal sou pelo menos mediana.